Classificação
dos erros
Segundo sua natureza os erros são,
geralmente, classificados como:
• Erros grosseiros: Ocorrem devido à falta de prática (imperícia) ou distração
do operador. Por exemplo, erros de leitura na escala de um instrumento, escolha
errada de escalas, erros de cálculo, etc... Podem ser evitados pela repetição
cuidadosa das medições.
• Erros
sistemáticos: Caracterizam-se por ocorrerem e
conservarem, em
medidas sucessivas, o mesmo valor e sinal.
Podem ter várias origens tais como: defeitos de instrumentos de medida, aplicação errônea do método de medida, ação permanente de uma causa externa, maus hábitos do operador. Embora possível, nem sempre têm fácil correção e,
esta, deve ser estudada em cada caso particular.
• Erros acidentais: São devidos a causas diversas e incoerentes, bem como a
causas temporais que variam durante a observação ou em observações sucessivas e
que escapam a uma análise devido à sua imprevisibilidade.
Como principais fontes de erros acidentais podemos citar:
• Os instrumentos de medida;
• Pequenas variações das condições ambientais (pressão,
temperatura, umidade, fontes de ruídos, etc.);
• Fatores relacionados com o próprio observador sujeitos a
flutuações, em particular a visão e a audição.
Salvo poucas exceções, as medidas
diretas se reduzem, em última instância, à leitura em escalas graduadas. Ao
efetuá-las, um observador se vê obrigado a “apreciar” ou “avaliar” o erro
cometido naquela leitura, geralmente uma fração da menor divisão da escala.
Nesta estimativa está implícito certo erro acidental de apreciação, avaliação
ou leitura.
A experiência mostra que, comumente, os
erros acidentais se mantêm dentro dos limites fixados pelo erro de apreciação
(ou desvio avaliado). Por isso, de modo geral, quando se efetua uma medida uma
única vez, adota-se o desvio avaliado como sendo o erro que afetará o resultado
da mesma. Exemplo: medindo-se certo comprimento com uma escala milimetrada, um
observador poderá estimar frações de 0,5 mm. (dependendo da situação, um
observador hábil poderia estimar um erro menor). Se o observador encontrar,
para o referido comprimento, o valor de l =
9,5 cm, ao informar
o resultado de sua medida, deverá
fazê-lo da seguinte forma:
l
= (9.50± 0.05) cm ou l
= (95.0± 0.5) mm
Os instrumentos de medida são,
geralmente, graduados tendo-se o cuidado de não se marcar mais divisões que as
necessárias para uma indicação correta. Pode-se, então, admitir como regra
geral, porém
não como dogma, que o erro inerente ao
instrumento seja aproximadamente a metade da menor
divisão da escala.
A regra acima não é, evidentemente,
absoluta, isto é, não deve ser usada indistintamente em todos os casos. Para
certos instrumentos de precisão é permitida e praticada a avaliação de valores
compreendidos entre dois traços consecutivos, estimando-se um desvio menor que
a metade da menor divisão. O contrário também pode ocorrer; por exemplo uma
medida de tempo em que o cronômetro permite leituras com erros menores do que
aqueles devidos ao reflexo (ou resposta) da pessoa que faz a medição. No caso
de instrumentos digitais pode-se admitir que o erro recaia sobre o primeiro
dígito que flutua.
De um modo simples podemos dizer que:
• Uma medida exata é
aquela para a qual os erros sistemáticos são
nulos ou desprezíveis.
• Uma medida precisa é
aquela para a qual os erros acidentais são
pequenos.
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